terça-feira, 8 de abril de 2014

O velho e o mar (Livro)

Capa
O Velho e o Mar é a obra-prima do escritor americano Ernest Hemingway. Um livro simples, enxuto, objetivo e cheio de simbologia. Sua linguagem assemelha-se ao dinamismo do jornalismo, o escritor era jornalista.

O velho Santiago é um pescador, ele não pesca um peixe há três meses e convive com críticas e chacotas de outros pescadores. Ele apenas tem um menino como amigo que nunca o deixou, fora isso, Santiago é um velho abandonado.

Para provar aos outros e a si mesmo de que ainda é bom, de que ainda pode fazer o que mais gosta, parte sozinho em uma longa pescaria, apenas ele, seu barco e o mar. Nesta aventura, o leitor navega pelos monólogos do velho Santiago, suas dúvidas, lembranças, vitórias e fracassos.

Finalmente, um peixe enorme fisga sua isca e com ele trava um longo duelo de mais de um dia. Enfrenta o sol, as correntezas do mar e com elas aprende a deixar-se ir em momento oportuno, o sal na boca, sede e as mãos sangrentas, machucadas pela linha. Precisa vencer, precisa ser forte. Queria muito que o menino estivesse aqui comigo, diz. Queria a juventude de volta, a sua força.

O Velho e o Mar representa a vida, os seus vários momentos, os altos e baixos, o ápice e o declive, a juventude e a velhice. O mar pode ser bom ou mau, traiçoeiro, é preciso ser forte para enfrentá-lo. É um lugar para reflexão, voltar para si. Olhando o mar, o velho vê a si mesmo, conhecendo-o, conhece a si mesmo, enfrenta-se. O mar representa a imensidão, o desconhecido, a esperança e a transformação. Quando volta, o velho já não é o mesmo. O peixe representa o seu sonho maior, o objetivo, fará tudo para alcançá-lo.

O livro mostra que não importa o que dizem, sempre podemos dar nosso melhor. O mundo é competitivo e precisamos saber competir, provar não só para os outros, sobretudo para nós mesmos. Devemos saber extrair nosso melhor, buscar sustentação nas coisas pequenas assim como o velho Santiago buscou pescando peixes menores para se manter. Devemos nos conhecer para explorar nossos limites e potenciais para continuar navegando. O ensinamento, talvez o mais importante entre tantos que o livro nos deixa, é que devemos persistir nos nossos objetivos e metas, não importa o que nos falem e o que enfrentaremos, o que vale é não desistir diante das dúvidas, hesitações e obstáculos. A derrota não é não conseguir, é largar o anzol.

Enfim, a vitória não é completa, vêm os tubarões destroçar seu sucesso. O homem pode ser destruído, mas nunca derrotado.

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